50 aniversário da Asociación de Historiadores Latinoamericanos y del Caribe (ADHILAC)
525 anos do descobrimento europeu e da resistência em Curaçao (1499-2024)
CONVOCATÓRIA
XIV Encuentro Internacional da ADHILAC
Mais de 500 anos da resistência na América Latina e no Caribe
5 – 9 junho de 2024
Willemstad, Curaçao
5 – 9 junho de 2024
Willemstad, Curaçao
Organizadores:
Asociación de Historiadores Latinoamericanos y del Caribe (ADHILAC) & Archivo Nashonal Kòrsou (ANK)
Em 1974 um grupo de historiadores mexicanos e residentes do México, entre os que figuravam Andrea Sánchez Quintanar, Susy Castor e Juan Brom, convocaram, sob o patrocínio da Facultad de Letras de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), o Primeiro Encontro de Historiadores Latinoamericanos para o mês de junho do mesmo ano. O motivo que mobilizou esta reunião foi a preocupação com companheiros e companheiras historiadores e cientistas sociais ameaçados pela então repressão das ditaduras direitistas na Bolívia, Chile e Uruguai, e por aquelas tiranias mais antigas estabelecidas no Brasil, Paraguai, Nicarágua e Haiti.
Na tarde do dia 16 de junho de 1974, na última sessão do Primeiro Encontro, decidiram os aproximadamente quarenta participantes congregados na UNAM (entre eles os mais conhecidos do México foram: Enrique Semo, Alonso Aguilar Monteverde, Pablo González Casanova e Margarita Moreno Bonett; da Bolívia: Juan Albarracín; do Brasil: José Roberto do Amaral Lapa, Caio Prado Junior e Carlos Guilherme Mota; do Equador: Agustín Cueva; da Guatemala: Robverto Díaz Castillo e Severo Martínez Peláez; de Honduras: Víctor Meza; da Costa Rica: Mario Flores Macall; do Porto Rico: Loida Figueroa; da Colômbia: Jaime Jaramillo Uribe; da República Dominicana: Frank Moya Pons; da Argentina: Antonio Jorge Pérez Amuchastegui e Héctor Pérez Brignoli; do Peru: Franklin Pease; da Nicaragua: Germán Romero Vargas; do Panamá: Ricaurte Soler; e do Uruguai: Lucia Salas) o estabelecimento de uma organização permanente de historiadores latinoamericanos e caribenhos, com o objetivo de assegurar a continuidade e o intercâmbio dos trabalhos. A proposta foi aprovada e deu origem à associação sindical de historiadores de Nossa América que promoveu o desenvolvimento das ciências históricas e procurou melhorar as comunicações, os contactos e as próprias condições de trabalho desses profissionais. Assim nasceu a Associação dos Historiadores. América Latina e Caribe (ADHILAC).
Na tarde do dia 16 de junho de 1974, na última sessão do Primeiro Encontro, decidiram os aproximadamente quarenta participantes congregados na UNAM (entre eles os mais conhecidos do México foram: Enrique Semo, Alonso Aguilar Monteverde, Pablo González Casanova e Margarita Moreno Bonett; da Bolívia: Juan Albarracín; do Brasil: José Roberto do Amaral Lapa, Caio Prado Junior e Carlos Guilherme Mota; do Equador: Agustín Cueva; da Guatemala: Robverto Díaz Castillo e Severo Martínez Peláez; de Honduras: Víctor Meza; da Costa Rica: Mario Flores Macall; do Porto Rico: Loida Figueroa; da Colômbia: Jaime Jaramillo Uribe; da República Dominicana: Frank Moya Pons; da Argentina: Antonio Jorge Pérez Amuchastegui e Héctor Pérez Brignoli; do Peru: Franklin Pease; da Nicaragua: Germán Romero Vargas; do Panamá: Ricaurte Soler; e do Uruguai: Lucia Salas) o estabelecimento de uma organização permanente de historiadores latinoamericanos e caribenhos, com o objetivo de assegurar a continuidade e o intercâmbio dos trabalhos. A proposta foi aprovada e deu origem à associação sindical de historiadores de Nossa América que promoveu o desenvolvimento das ciências históricas e procurou melhorar as comunicações, os contactos e as próprias condições de trabalho desses profissionais. Assim nasceu a Associação dos Historiadores. América Latina e Caribe (ADHILAC).
Conteúdo
A história da América pode ser contada como uma história de resistência desde o início da invasão européia no final do século XV. Tanto Cristóvão Colombo em Hispaniola (1493), como Amerigo Vespucci em Curaçao (1499) fugiram dos nativos quando tentavam criar um espaço para si nas ilhas. A resistência autóctone foi dirigida contra a apropriação forçada de suas terras, a escravização brutal nas minas, bancos pérolas e plantações, e a violação dos corpos de mulheres nativas. A história de mulheres e homens indígenas reconhecidos na resistência contra os sistemas coloniais, não apenas espanhol e português, mas holandês, inglês, francês e outras potências europeias, está profundamente enraizada na história popular na América Latina e no Caribe até hoje. Antes do final do século XIX os novos estados nacionais conseguiram conquistar a maior parte dos territórios nativos. Ainda hoje os povos indígenas continuam lutando por suas terras e direitos, contra a exploração, a violação e também a destruição de seu meio ambiente.
A firme resistência dos povos nativos americanos, que em muitos lugares conseguiram defender seus territórios (a Conquista inacabada), motivaram a importação de escravos africanos por traficantes europeus (e euro-africanos). Contudo, os escravos africanos também resistiram contra o brutal sistema de escravidão atlântica desde o princípio. Podendo ser comprovado nas inúmeras revoltas e rebeliões contra os opressores (porém na maioria dos casos sem sucesso) ou fugas do local de trabalho para as montanhas e florestas tropicais (cimarronaje), onde fundaram palenques, quilombos ou mocambos e viviam de forma autônoma ou independente (também em companhia de indígenas). Sem dúvida as rebeliões de escravos na colônia francesa de Saint Domingue a partir de 1791 marcaram o início da abolição da escravatura que acabou nas colônias Holandeses (1863), Cuba (1886) e Brasil (1888). Mas com a abolição, o racismo se intensificou e a população afro-americana teve que continuar sua luta pela igualdade social, cultural e política até hoje.
A luta contra as classes dominantes nunca se resumiu à resistência dos povos indígenas e de escravos africanos. Já durante os tempos coloniais, homens e mulheres nascidos nas colônias ibero-americanas lutaram contra a opressão da chamada „pátria“. Essa resistência resultou em sangrentas guerras de independência no início do século XIX, que triunfou em todas as colônias ibéricas exceto Cuba e Porto Rico. Mas as novas classes dominantes, principalmente membros da classe alta crioula, que exploravam o apoio das massas empobrecidas para seu sucesso contra o poder colonial, continuaram a explorar os súditos (agora chamados de cidadãos). Os novos sistemas de governo contaram com o apoio do capital internacional e nacional e a dependência com países europeus e, a partir da segunda metade do século XIX, com os Estados Unidos seguiu sendo uma realidade. O confronto com o capital e seus métodos de opressão nos séculos XIX e XX, como o imperialismo, as ditaduras militares, o neoliberalismo, resultaram em novas formas de resistência. Diversas revoluções abalaram a estrutura de poder na América Latina e no Caribe, não apenas na América de língua espanhola, particularmente no século XX, como a Revolução Mexicana de 1910. Nas colônias britânica, francesa e holandesa, essa resistência, liderada principalmente por trabalhadores, levou à independência ou autonomia depois de 1960, e em alguns países latino-americanos suas independências de Washington, processo aberto pela Revolução Cubana em 1959.
Temas:
O XVI Encontro Internacional da ADHILAC na Ilha de Curaçao, em cooperação com o Archivo Nacional de Curaçao e a Universidad Intercontinental del Caribe deseja convidá-lo a enviar apresentações de trabalhos ou mesas completas de acordo com os seguintes temas:
1) Resistência indígena contra o poder colonial na América Espanhola (1493-1898).
2) Resistência indígena contra o poder colonial na América Portuguesa (1500-1822).
3) O papel dos povos originários na História das independências nas Américas (1755-1981).
4) Resistência indígena e afro caribenha nas ilhas holandesas (1499-2023).
5) Lutas afro americanas contra o sistema escravista na América Espanhola (1508-1886).
6) Lutas afro americanas contra o sistema escravista na América Portuguesa (1503-1888).
7) Rebeliões e Cimarronaje no mundo americano britânico, holandês e dinamarquês (séculos XVI-XIX).
8) A Revolução Haitiana (1791-1811) e seu impacto continental.
9) A época da abolição na América Latina e além da Iberoamérica no século XIX.
10) Formas sociais e culturais da resistência afro americana depois da abolição nas Américas.
11) A luta independentista na Iberoamérica durante o século XIX.
12) Resistência revolucionária e anti-imperialista na primeira metade do século XX (lutas laborais, guerrilhas).
13) Resistência revolucionária e anti-imperialista na segunda metade do século XX
14) O enfrentamento dos povos originários aos desafios biopolíticos.
15) O papel das mulheres na luta anticolonial e anti-imperialista.
16) Do “Black Power” ao “Black Lives Matter”. A transformação da resistência afro americana.
17) As histórias da ADHILAC.
18) A história da América Latina na cultura escolar – História ensinada, livros didáticos, currículo e semelhantes; História e historiografia da Educação e das instituições escolares latinoamericanas.
19) A história da literatura e a literatura na história: ditaduras e ditadores, violência, traumas, autoescrita, direitos humanos, gênero e etnias na produção latinoamericana.
20) A nova exploração dos recursos naturais nas Américas e a resistência autóctone.
Presidenta do congresso:
Sra. Nolda Cira Römer-Kenepa (Former Acting Governor of Curazao).
2) Resistência indígena contra o poder colonial na América Portuguesa (1500-1822).
3) O papel dos povos originários na História das independências nas Américas (1755-1981).
4) Resistência indígena e afro caribenha nas ilhas holandesas (1499-2023).
5) Lutas afro americanas contra o sistema escravista na América Espanhola (1508-1886).
6) Lutas afro americanas contra o sistema escravista na América Portuguesa (1503-1888).
7) Rebeliões e Cimarronaje no mundo americano britânico, holandês e dinamarquês (séculos XVI-XIX).
8) A Revolução Haitiana (1791-1811) e seu impacto continental.
9) A época da abolição na América Latina e além da Iberoamérica no século XIX.
10) Formas sociais e culturais da resistência afro americana depois da abolição nas Américas.
11) A luta independentista na Iberoamérica durante o século XIX.
12) Resistência revolucionária e anti-imperialista na primeira metade do século XX (lutas laborais, guerrilhas).
13) Resistência revolucionária e anti-imperialista na segunda metade do século XX
14) O enfrentamento dos povos originários aos desafios biopolíticos.
15) O papel das mulheres na luta anticolonial e anti-imperialista.
16) Do “Black Power” ao “Black Lives Matter”. A transformação da resistência afro americana.
17) As histórias da ADHILAC.
18) A história da América Latina na cultura escolar – História ensinada, livros didáticos, currículo e semelhantes; História e historiografia da Educação e das instituições escolares latinoamericanas.
19) A história da literatura e a literatura na história: ditaduras e ditadores, violência, traumas, autoescrita, direitos humanos, gênero e etnias na produção latinoamericana.
20) A nova exploração dos recursos naturais nas Américas e a resistência autóctone.
Presidenta do congresso:
Sra. Nolda Cira Römer-Kenepa (Former Acting Governor of Curazao).
O envio das propostas de comunicação ou de mesas temáticas devem conter a extensão máxima de 350 palavras, e devem ser acompanhados de um breve CV do autor, com máximo de 150 palavras.
Data limite para envio de propostas: 31 de janeiro de 2024 para secejecutivo@adhilac.org
Taxas de inscrição (antes de 31 de dezembro de 2023):
USD 100,00 para comunicadores (membros da ADHILAC e Curazalenho[a]s)
USD 140,00 para comunicadores (não membros e não-curazalenhos)
USD 60,00 para comunicadores estudantes
USD 60,00 para participantes sem comunicação
USD 100,00 para comunicadores (membros da ADHILAC e Curazalenho[a]s)
USD 140,00 para comunicadores (não membros e não-curazalenhos)
USD 60,00 para comunicadores estudantes
USD 60,00 para participantes sem comunicação
Taxas de inscrição (antes de 1 de junho de 2024):
USD 120,00 para comunicadores (membros da ADHILAC e Curazalenho[a]s)
USD 160,00 para comunicadores (não membros e não-curazalenhos)
USD 70,00 para comunicadores estudantes
USD 70,00 para participantes sem comunicação
USD 120,00 para comunicadores (membros da ADHILAC e Curazalenho[a]s)
USD 160,00 para comunicadores (não membros e não-curazalenhos)
USD 70,00 para comunicadores estudantes
USD 70,00 para participantes sem comunicação
No site: + 20%
Transferêcia bancária: Número da conta: 02010019314
IBAN: AT491400002010019314
SWIFT: BAWAATWW
Titulo da conta: KonaK Wien
Nome do banco: BAWAG
Endereço: Wipplingerstrasse 1, 1010 Viena, Austria
IBAN: AT491400002010019314
SWIFT: BAWAATWW
Titulo da conta: KonaK Wien
Nome do banco: BAWAG
Endereço: Wipplingerstrasse 1, 1010 Viena, Austria
Outras formas de transferências bancárias (PAYPAL, conta bancária de Curaçao, etc.) são possíveis. Para mais informações, por favor enviar e-mail.
As informações sobre a conferência podem ser encontradas em www.adhilac.org
Prof. Dr. Christian Cwik
Secretário Executivo
ADHILAC Internacional
15.07.2023
Secretário Executivo
ADHILAC Internacional
15.07.2023
*Com o apoio dos vocais: Natália Ceolin e Silva, Claudia Martínez Hernández, Uwe Christian Plachetka.